Não foi um domingo comum para Bruno Soares. No ATP 500 de Viena, na Áustria, o mineiro iniciou as suas atividades no torneio de um modo diferente: jogando simples. Disputando a última rodada do qualifying, Bruno, que saiu de bye na chave, caiu para o húngaro Attila Balazs, número 85 do mundo, em 6/2 6/4.
"Foi muito legal ter tido esta experiência de novo depois de tanto tempo. Obviamente é muito difícil jogar sem nenhum treinamento de simples nos últimos anos contra um cara que é top 100, mas valeu muito", disse Soares, contente com a experiência.
O brasileiro entrou na chave da fase qualificatória de simples após assinar a lista de alternates do torneio. Algumas desistências e mudanças de última hora nas chaves principal e qualificatória de simples esgotaram os simplistas disponíveis no torneio, dando a oportunidade para Soares disputar a competição, assim como o também duplista Rajeev Ram, que enfrentou Balazs na primeira rodada.
Esta foi a primeira partida de simples de Bruno em cinco anos. A última vez havia sido em 2015, no torneio de Auckland, em situação parecida. Na ocasião, o atual número 6 do mundo nas duplas enfrentou o francês Lucas Pouille. Em 2004, Soares atingiu o seu melhor ranking de simples, o de 221º do mundo.
"Deu para treinar, adaptar e fazer um jogo, isso era o mais importante. Só de ter entrado em quadra e jogado já me ajudou na preparação e adaptação para a estreia amanhã na chave de duplas. Eu e o Pavic vamos focar no que estamos fazendo", encerrou o mineiro.
De volta ao seu habitual, Bruno Soares e seu parceiro, o croata Mate Pavic, estreiam nesta segunda-feira contra os qualifiers poloneses Karol Drzewiecki e Szymon Walkow. Desde o retorno do tênis no fim de agosto, a dupla conquistou o título no US Open e o vice-campeonato em Roland Garros, além de garantir a classificação para o ATP Finals, o torneio que reúne as oito melhores duplas da temporada na O2 Arena, em Londres.
SOBRE BRUNO SOARES - Mineiro nascido em 27/02/1982, Bruno Soares é um dos principais nomes da história do Brasil. Ao ganhar o US Open nas duplas mistas, em 2012, se juntou ao seleto grupo de campeões de Grand Slam brasileiros, que inclui apenas Maria Esther Bueno, Gustavo Kuerten, Thomaz Koch e Marcelo Melo. Em 2014 repetiu a façanha conquistando o segundo título em Nova York.
Em janeiro de 2016, no Australian Open, conseguiu o feito inédito de vencer o 1o. Grand Slam de duplas, com Jamie Murray e de conquistar também o trofeu nas duplas mistas, com Elena Vesnina, se tornando o primeiro brasileiro desde Maria Esther Bueno, em 1960 a vencer dois títulos no mesmo torneio.
Em setembro de 2016, ganhou o segundo Grand Slam de duplas, no US Open, em NY, se tornando a primeira parceria (com Jamie Murray), a vencer dois Slams no mesmo ano, desde os Irmãos Bryan em 2013.
Quatro anos depois, em 2020, conquista mais uma vez um Grand Slam, o US Open, ao lado de Mate Pavic e disputa sua primeira final de Roland Garros, ficando com o vice-campeonato.
No total, nas duplas Bruno tem 33 títulos no circuito, 31 vice-campeonatos e chegou ao 2o. posto no ranking mundial de duplas em 2016. É o 6o. atualmente. Encerrou a temporada 2016 como a dupla número um do mundo e a 2017, como a número 3. O atual parceiro é o croata Mate Pavic.
O tenista que tem a sua carreira gerenciada pela LinkinFirm, do ex-tenista profissional Marcio Torres, conta atualmente com os patrocínios da BMG, Anga, Aldo Solar, Aliansce Sonae, 1Pure e Wilson
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